Investigação é realizada em paralelo ao inquérito que apura o suposto assassinato da secretária executiva da entidade. Filha, irmã, cunhado e ex-marido de Cláudia Lobo, desaparecida desde agosto, estão entre os presos.
A operação da Polícia Civil que apura desvios milionários na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru (SP) resultou na prisão de sete pessoas na terça-feira (3), entre funcionários da Apae e familiares de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da entidade.
Cláudia está desaparecida desde o dia 6 de agosto e, de acordo com a polícia, teria sido assassinada pelo ex-presidente da instituição, Roberto Franceschetti Filho.
Letícia da Rocha Prado Lobo: filha de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da Apae desaparecida desde agosto. Letícia é acusada de envolvimento no esquema de desvio de recursos da instituição.
Ellen Siuza Rocha Lobo: irmã de Cláudia, Ellen também foi presa sob suspeita de participação no esquema investigado pela Polícia Civil.
Pérsio de Jesus Prado Júnior: ex-marido de Cláudia e pai de Letícia é apontado como um dos beneficiados pelas fraudes realizadas na entidade.
Diamantino Passos Campagnucci Júnior: cunhado de Cláudia, casado com Ellen, Diamantino foi detido por suspeita de envolvimento no desvio de recursos da Apae.
Renato Golino: ex-coordenador financeiro da Apae, Renato é investigado por seu papel administrativo na entidade. Ele pode ter facilitado os desvios.
Maria Lúcia Miranda: a atual coordenadora financeira administrativa da Apae foi presa em Pederneiras (SP) e passou por audiência de custódia em Jaú (SP).
Renato Tadeu de Campos: policial militar aposentado que prestava serviços de segurança à Apae. Durante a operação, armas sem registro foram encontradas em sua posse, contribuindo para sua prisão.
Um oitavo investigado, identificado como empresário, deverá se apresentar voluntariamente à polícia nesta quarta-feira (4), de acordo com sua defesa.
Um dos mandados foi expedido contra o ex-presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, que está preso desde o dia 15 de agosto por ser suspeito de ter matado a secretária executiva.
Na tarde de terça-feira, os sete presos foram transferidos provisoriamente para a cadeia pública de Avaí (SP), onde permanecerão sob custódia, enquanto as investigações continuam.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens de pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao caso. Os presos responderão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 18 endereços. Além das prisões, a polícia apreendeu veículos, jóias e dinheiro pertencentes aos investigados.
Em nota, a Apae de Bauru informou que a perícia contábil e financeira na entidade segue em andamento e, assim como as investigações, está sob segredo de Justiça. A análise abrange o período da gestão de Roberto Franceschetti Filho, entre 2022 e 2024.
A instituição reforçou que está colaborando com as autoridades e confia no trabalho da Polícia Civil. Além disso, destacou que continua oferecendo normalmente seus serviços nas áreas de assistência social, educação e saúde aos seus usuários.
Via G1