Jennifer Kelly, mãe da criança de 5 anos que teve um bilhete grampeado na camisa pela professora, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, disse que se reuniu com a servidora nesta quinta-feira (18). O caso ocorreu na quarta-feira (17) na Escola Municipal Santa Paula Frassinetti, que possui mais de 400 alunos e cerca de 70 funcionários.

“Eu acredito que é justificar o injustificável, porque existia várias maneiras dela ter me comunicado sobre a caderneta. E a caderneta ficou só quatro dias sem ir para a escola porque criança, vocês sabem como é né, tira as coisas da mochila e, infelizmente, eu não sou perfeita. Eu não consigo 100% ficar em cima, porque eu tenho o meu trabalho, eu saio 5h de casa para trabalhar. Eu chego em casa e tenho que cuidar dele e do irmão dele, tenho outra criança”.

A mãe contou ainda sobre a explicação dada pela professora.

“Ontem na reunião ela falou que tinha pregado o bilhete na camisa dele para a babá tirar e me entregar, sendo que eu falei com ela que o tempo que ela perdeu pregando na camisa dele, ela poderia muito bem ter entregado na mão da babá ou ter colocado dentro da mochila”.

Jennifer ponderou que há diferentes meios de comunicação disponíveis e comentou sobre mensagens que viu nas redes sociais sobre o assunto.

“Vários comentários das pessoas falando que, no tempo delas, apanhavam com régua, que é ‘mi mi mi’. Gente, pelo amor de Deus, isso não é ‘mi mi mi’, não é querer chamar a atenção”.

“Infelizmente, foi a maneira que eu tive para ter voz, de alguém me escutar, de pedir socorro, pelo meu filho, que foi humilhado, exposto. Ele não é um pedaço de carne para ser grampeado. Pelo amor de Deus, a gente não está lá atrás, nada justifica, nada! Onde a gente está, que mundo é esse?”, desabafa a mãe.

Via G1